Reconstruindo caminhos...

Existem momentos na vida em que é necessário parar, refletir, examinar o rumo que a vida está seguindo, reprogramar metas, reinventar caminhos, repensar ideais e se reconstruir...



















quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Temporal de sentimentos...

Um temporal de sentimentos passou, bagunçou o que não estava firme, limpou muita coisa, e passou...

Estou tentando organizar a bagunça que ficou, organizar idéias, pensamentos, sentimentos, ações.

 Começo de ano é marcado sempre por catástrofes naturais, chuvas fortes, secas, ventanias, tornados, terremotos. Sinto que dentro de mim isso também ocorre, essa fase do ano sempre me foi de grandes mudanças.

Passagem de ano é sempre uma fase melancólica pra mim, ouvir aquela música: " Então é Natal, e o que você fez?O ano termina, e nasce outra vez" Sempre me deixa com uma lágrima nos olhos e uma impressão de que não fiz o bastante.

Mas este ano foi um pouco diferente...

Neste ano eu posso dizer que fiz o suficiente, pois utilizei todas as minhas forças para poder modificar o que estava errado e construir um ano de realizações. Neste ano terminei casamento, mudei de cidade, mudei de área de atuação profissional, mudei a forma de educar minhas filhas, mudei a visão que tinha de mundo e de vida ideal, comecei uma faculdade, quebrei paradigmas e até o último dia do ano, eu cresci.

Cometi muitos erros e tive experiências que não pretendo repetir, e isso por si já é muito bom, pois assim pude compreender melhor quem ainda vive nesses erros, mas também acertei muitas vezes e senti o prazer do êxito. Mas a maior lição que tive foram nos últimos dias do ano, foi quando mais cresci...

E cresci mesmo aprendendo uma lição que eu achava que já sabia... Aprendi que nada faz sentido, nada tem valor, fora da fé e do amor.

Entre os dias 26 de Dezembro e 06 de Janeiro estive sem minha familia, e por esse período resolvi me afastar um pouco da minha fé. E foi o suficiente para eu perceber que o fundamento da minha vida são minhas filhas e minha fé, sem essas, não sou nada, não sou ninguém, pois não tinha forças nem pra comer, nem pra acordar, nem para me arrumar...

Nunca pensei que solidão pudesse doer tanto, nunca pensei que saudades massacrava tanto, nunca tinha ficado afastada de minhas princesas por mais de 4 dias. Claro que a presença de amigos ameniza, mas só encontrei conforto pra saudade quando voltei a praticar a minha fé.

Tinha planejado mil e uma coisas que pretendia fazer pois teria tempo, pois não "precisaria" estar atendendo as crianças... Doce ilusão, caí feio com a cara no chão e percebi que minhas filhas não precisam de mim mais que eu preciso delas, na verdade preciso muito mais delas que elas de mim, se alguém achou que eu fui forte encarando e enfrentando tudo que enfrentei em minha vida, hoje posso dizer com certeza que não sou forte coisa nenhuma, minha força é daquelas duas princesinhas e do Mestre que me Guia, fora isso, sou mais fraca que qualquer um que me admire pela minha força.

E não fui capaz nem de fazer as coisas que pretendia fazer nesse tempo sozinha, fui capaz apenas de enchergar a realidade das coisas, entender o que realmente tem valor pra mim...

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