Reconstruindo caminhos...

Existem momentos na vida em que é necessário parar, refletir, examinar o rumo que a vida está seguindo, reprogramar metas, reinventar caminhos, repensar ideais e se reconstruir...



















segunda-feira, 25 de junho de 2012

Polinização pela vida



É preciso lançar ao vento
Palavras e energias positivas
Para que elas sejam o pólem da bonança
Como um pó mágico que cria o fruto
Da bondade universal

É necessário que haja o contato humano
Do abraço terno, do beijo fraterno
Para que as flores que habitam o coração dos homens
Sejam polinizadas pelo amor eterno
E assim surjam os frutos doces da amizade

É extremamente necessário para nós
Na sutil condição de seres da eternidade
Espalhar pelo mundo exemplos de renascimento
Para que a renovação polinize outras flores
E nossos frutos nasçam em lugares que nem imaginamos

É preciso que o casal se ame realmente
Para que o pólem da flor masculina
Carregue em si a paz mundial
Fecundando o óvulo maternal
E fazendo frutificar a harmonia nas gerações

Foi necessário que a rosa fosse pura
Foi necessário um companheiro cuidadoso
Para que a luz fecundasse o coração sagrado
Que gerou o fruto mais elevado
Do qual nos alimentamos até hoje
Por louvor a Jesus, é necessário fecundar a paz nos corações.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Amizade distante


Paixões vêm e vão
Mas as amizades ficaram
Para alívio do coração
E da saudade que aperta
Digo que essa me alerta
Que nossa amizade será eterna
Pois a distância que nos separa
Não separa nossos corações
Unidos pela emoção

Das lembranças mais felizes

Dos nossos dias em união
Amizade rara e bela
Poucas tenho, quem me dera
Mas nesse momento,
O que voz digo
É que sinto saudades
 Da nossa era

Porque a inspiração me falta...

Toda separação é triste.
Ela guarda memória de tempos felizes ( ou de tempos que poderiam ter sido felizes....)
e nela mora a saudade."

Rubem Alves

quinta-feira, 14 de junho de 2012

A Estrela - Arcano 17



cultivando altos valores

Há momentos em que somos testados a manter uma fidelidade a uma postura mais sublime, em termos de reação ao mundo que nos cerca. A Estrela, significante de conselho para este momento em sua vida, vem sugerir a necessidade de cultivar a esperança como uma forma de manter acesa a sua luz interior. Ainda que os elementos concretos lhe desafiem ou lhe forneçam sinais negativos, é a sua postura de pensamento positivo que lhe permitirá superar os obstáculos, Juliana. Procure manter o alto astral, a postura positiva e não desanime. Atue de forma clara, aberta, sem joguinhos, e no mínimo as pessoas lhe darão o maior valor!

Conselho: Pense positivo!


quarta-feira, 13 de junho de 2012

Femininas Navegando viverei

E o muro se desfez...


Coloquei a mão na massa, levantei um muro, pedra por pedra, com minhas próprias mãos. E ele era grande o bastante para garantir que nada o pudesse ultrapassar.

E foram meses de trabalho, trabalho duro, pra esconder aquilo que é feio, que é incomodo, que ninguém quer ver, pra esconder todos os monstros que me assombravam.

E lá estavam todos os sentimentos que eu não queria sentir, presos atrás do muro, e com todos lá, cativos, eu estava vivendo minha nova vida, reconstruindo meus caminhos, sem pensar neles.

E de repente um olhar, uma palavra, uma lembrança. Meu muro foi derretendo, pedra por pedra, todo gelo se desfez.  E tudo o que eu não queria sentir estava lá, livre para me atormentar novamente.
Chorei por toda aquela dor contida, senti a vergonha e todos os erros cometidos, senti  o ardor da raiva que envenena, e até um sopro leve de esperança guardada, acompanhada da doçura de ilusões já desmascaradas.

E mais uma vez eu me iludi, na vã esperança de calar a dor, acreditei novamente no impossível, nos contos de fada, em tudo que pudesse me afastar da realidade, e da dor que ela trazia.
Mas não se vive de ilusões antigas, e mesmo se eu quisesse, não conseguiria me enganar dessa forma por tanto tempo...

E cá estou eu, cara-a-cara com os meus monstros, ciente que dessa vez não adianta construir muros e fingir que eles não existem. É preciso mudar a estratégia, é preciso encará-los.

E esse é o próximo desafio, encará-los e vencê-los, um por um, todos os sentimentos que me atormentam e todas as ilusões que me perseguem.

E não será tarefa fácil, mas quem disse que seria? Recomeçar não é fácil, mas é preciso, tão preciso como navegar...

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Meus Oito Anos - Casimiro de Abreu

Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!


Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!

Como são belos os dias
Do despontar da existência!
- Respira a alma inocência
Como perfumes a flor;

O mar - é lago sereno,
O céu - um manto azulado,
O mundo - um sonho dourado,
A vida - um hino d'amor!

Que aurora, que sol, que vida,
Que noites de melodia
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar!

 O céu bordado d'estrelas,
A terra de aromas cheia
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar!

Oh! dias da minha infância!
Oh! meu céu de primavera!
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã!

Em vez das mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
De minha mãe as carícias
E beijos de minhã irmã!

Livre filho das montanhas,
Eu ia bem satisfeito,
Da camisa aberta o peito,
- Pés descalços, braços nus -

Correndo pelas campinas
A roda das cachoeiras,
Atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis!

Naqueles tempos ditosos
Ia colher as pitangas,
Trepava a tirar as mangas,
Brincava à beira do mar;

Rezava às Ave-Marias,
Achava o céu sempre lindo.
Adormecia sorrindo
E despertava a cantar!
Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!

- Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
A sombra das bananeiras
Debaixo dos laranjais!